Aprender a programar é diferente de aprender uma linguagem de programação
Uma das perguntas mais frequentes que a gente recebe é: por qual linguagem eu deveria começar a aprender a programar? E a resposta que a gente normalmente dá é a seguinte: "pouco importa".
A verdade é que os conceitos mais importantes e que fazem parte dos fundamentos da programação são comuns a todas as linguagens. A lógica por trás da implementação, os diferentes tipos de algoritmos, as boas práticas de código limpo, modularização etc.: tudo isso diz respeito muito menos à sintaxe de uma ou outra linguagem específica e muito mais a modelos mentais, ou seja, formas de pensar.
Muitos programadores iniciantes se esquecem disso e acabam ficando apegados à sintaxe da linguagem que estão aprendendo. É claro que é importante aprender a sintaxe. Sem ela você não tem a ferramenta necessária para criar as soluções. Mas mais importante que isso é saber que solução você está criando e por que está tomando o caminho que decidiu tomar.
Por isso, por exemplo, preocupe-se menos em aprender como criar uma variável na linguagem que você está escrevendo e mais em absorver o significado do conceito de uma variável, os casos de uso, os possíveis problemas e soluções ao definir e usar uma variável.
Quanto mais você cresce como programador, mais linguagens de programação passam pelo seu caminho. E, ao mesmo tempo, mais você relativiza a importância dos detalhes de sintaxe de uma ou outra.
Um exemplo disso é o fato de que muitas empresas de Tecnologia contratam programadores que jamais trabalharam com uma ou mais das linguagens usadas por essas empresas. Para elas, basta saber que o profissional que estão contratando é um bom programador. A linguagem, ele ou ela pode aprender depois que se juntar ao time.